Irã

Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 5 mil gays já foram assassinados no Irã

O 'maior chefe do povo' é o divino, que determina como o governo deve ser gerido

A bandeira do Irã está em sua forma atual desde o dia 29 Julho 1980
A bandeira do Irã está em sua forma atual desde o dia 29 Julho 1980

De acordo com as medidas vigentes no Irã, a homossexualidade está em conflito com o Código Penal do país desde os anos 1930, que pune qualquer atividade que não seja heterossexual. Militantes estimam que entre 4.000 e 6.000 – gays e lésbicas foram executados no país em decorrência da orientação sexual desde 1979.

Contudo, segundo a Anistia Internacional, pelo menos 5 mil gays já foram assassinados no país desde o fim da década de 1970. Trata-se de um dos destinos mais perigosos do mundo para pessoas LGBTQIA+, quando o tema é turismo LGBT+.

Em 2019, o então ministro das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã, Mohammad Javad Zarif, justificou a execução de homossexuais. Ele afirmou ter amparo da lei para tal ato e ressaltou que “valores morais” são os pilares da sociedade iraniana.

Nos últimos meses, Alireza Fazeli Monfared, de 20 anos, foi morto por seu irmão e primos em um “crime de honra”, que ainda é tipificado em muitos países. O fato de o jovem ser expulso do exército foi atrelado à homossexualidade e o jovem, que estava pronto para fugir para viver com o seu namorado na Turquia, acabou sendo executado antes.

Em síntese, o sistema político iraniano que, apesar de permitir o voto, não reproduz um regime democrático, mas funde tendências políticas de natureza teocrática e republicana. Com isso, o ‘maior chefe do povo’ é o que eles entendem por divino, o qual determina como o governo e as relações devem acontecer. Adotada como sistema jurídico de Estado no Irã e na Arábia Saudita, a Sharia é uma legislação oriunda do corão, na qual, por meio de suas interpretações, preceitua que os valores tradicionais devem ser seguidos à risca.

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