Ação

Segundo levantamento, Brasil registra 207 mortes de LGBT+ entre janeiro e agosto de 2021

Relatório Parcial reforça que 2020 foi um ano atípico por conta da pandemia, sendo um dos motivos para a redução no número de mortes violentas de LGBT, diz Alexandre Bogas Gastaldi, Diretor Executivo da Acontece Arte e Política LGBTI+

Bandeira LGBTQ+Foto/Reprodução.
Bandeira LGBTQIAP+ (Foto/Reprodução)

Com o intento de computar os crimes que assolam a população LGBT para que ações sejam direcionadas especificamente para esta população, dados do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil apontam para uma tendência de crescimento no número de casos em relação a 2020.

De acordo com o Relatório Parcial divulgado pelo Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil, gays e mulheres trans e travestis estão entre as principais vítimas da LGBTIfobia no nosso país, com 102 e 86 casos respectivamente. Lésbicas, com 8 mortes violentas registradas; homens trans, com 2 casos; e bissexuais, com 1 caso registrado. O Relatório aponta ainda que 3 heterosexuais foram assassinados por terem sido confundidos com LGBTI+ e mais 5 mortes em que a motivação do crime foi a LGBTIfobia.

“Vivemos hoje um verdadeiro apagão de políticas públicas focadas na população LGBTI+. Se antes elas já eram escassas, hoje, todo o aparato estatal de amparo à esta população tem sido desmontado pelo Governo Federal. Somado aos discursos LGBTIfóbicos proferidos pelas maiores autoridades do país, o que se tem é a receita de uma tragédia silenciosa vivida pela nossa população. Por isso, iniciativas como a do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ são tão importantes para denunciar e visibilizar esses casos”, diz Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia.

Em 2021, o Relatório, que passa por uma metodologia até os dados serem divulgados e catalogados como oficiais, conta com o apoio financeiro do Fundo Brasil de Direitos Humanos e pode ser conferido na íntegra no site: https://observatoriomortesviolentaslgbtibrasil.org/parcial-setembro-2021

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