Na quarta-feira passada (26), o presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou a proibição de pessoas transsexuais e transgêneros de servir as Forças Armadas do país. A A decisão implica na vida de cerca de 13 mil militares trans, que atualmente estão no serviço militar.
Pessoas como Blake Dremman, capitão-tenente da Marinha, ele desfilou orgulhosamente na Parada do Orgulho LGBT em Washington, há apenas dois meses. Agora, teme que não possa mais ser assumidamente trans e seguir com seu trabalho. Em entrevista para a imprensa, Blake conta sobre ter vivido no armário durante anos antes de poder, finalmente, assumir sua identidade como homem.
Blake se alistou em 2006 e já recebeu diversas condecorações, enquanto ainda vivia sob o gênero feminino que lhe foi atribuído ao nascer. Ele só se identificou como transgênero em 2011, e começou sua transição hormonal sem ajuda financeira em 2013, tudo enquanto ainda escondia sua identidade de todos.
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“Era minha vida particular e era o que precisava fazer para continuar sendo efetivo no trabalho (…) Claramente poderiam ter me demitido”, contou Dremman que só se revelou ser trans em 2015, quando o Departamento de Defesa afirmou que iria rever o veto à pessoas trans nas Forças Armadas. Só então a continuação do seu tratamento foi paga pelo Pentágono.
Os custos com o tratamento de pessoas trans é o argumento que Trump está usando para vetá-los, mas diversas organizações já calcularam que esses gastos são mais de 10 milhões de dólares menores do que os gastos com medicamentos para desempenho sexual, por exemplo. Blake afirma que está disposto a levar essa poribição de Trump aos tribunais.