Trans é vítima de tortura: "Vamos cortar o nariz e orelha"; polícia investiga motivação política

Bandeira LGBT sangrando
Bandeira LGBT sangrando (FOTO: Divulgação)

Uma garota de programa foi vítima de sequestro seguido de lesão corporal. A garota foi abordada por dois homens, na manhã do último dia 16 de julho, na radial Leste. Assim, a polícia investiga se o caso tem motivação política e transfóbica.

De acordo com informações da ocorrência, a mulher trans estava esperando o ônibus, por volta das 9h. Nesse momento um carro parou e, dentro do veículo havia dois homens, um deles com uma arma. Assim, o rapaz armado obrigou que a mulher entrasse no carro.

“Vamos arrancar esse silicone, depois cortamos o nariz e orelha”, teriam dito os criminosos a ela. Depois disso, eles pararam o carro e, violentamente, a desembarcaram e passaram a puxar seu cabelo e desferir socos e chutes em várias partes do corpo.

Além do mais, segundo a vítima, foi apontada uma arma em sua direção. Contudo, ela conseguiu fugir, mas o agressor atirou contra ela e o tiro acabou atingindo o seu telefone celular.

A mulher foi socorrida por pessoas que estavam na rua e levada até o hospital municipal Tide Setúbal, em São Miguel Paulista, onde foi medicada e liberada. O caso é investigado pelo 65º DP (Distrito Policial), no Artur Alvim, zona leste da capital paulista.

Motivação política

Nesse contexto, a vítima era militante de esquerda e está recebendo apoio de membros do PSOL. O próprio partido, em nota publicada, assevera que os agressores são “declarados apoiadores de Bolsonaro“.

“Além do crime de ódio, as intimidações passaram para o campo político atacando suas posições em relação ao PSOL nas redes e contra o Bolsonaro. Como resultado da tortura teve ferimentos e escoriações graves em todo o corpo (joelhos, costas, ombros, dedos da mão, pescoço e rosto)”, informou a nota do partido.

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