Cultura

Curta com Mayana Neiva e Rosi Campos aborda temática LGBT

O curta esta em fase de pós-produção e continua com a captação de recursos, principalmente, de empresas que costumam dialogar com a comunidade LGBT

Mayana Neiva
Mayana Neiva

Após anos distante, Marcela decide voltar à casa de seus pais para contar uma novidade: vai se casar com sua namorada, Bianca. É esse o início do curta-metragem ‘Bem-vinda de volta’, que traz no elenco nomes como Mayana Neiva, Rosi Campos e a própria idealizadora, Christiane Fogaça.

Com as gravações encerradas em março deste ano, a densa história será contada de forma leve, visando atingir o maior número de pessoas possível. “O curta toca em temáticas que eu considero urgentes. O Brasil ainda é um país muito preconceituoso, e muitas pessoas passam por momentos similares com o da proposta de roteiro do filme. Achei convidativa e bem necessária a reflexão em tempos de intolerância como esses que estamos vivendo”, destaca Mayana Neiva, uma das protagonistas do projeto e que acaba de lançar o seu primeiro single “Cordel da Mulher Paraibana”.

“Na trama, temos um fluxo intenso de pequenas descobertas que são grandes libertações. Abordamos como a capacidade de aceitação da família é fundamental, assim como a autoaceitação”, acrescenta a atriz.

A ideia do projeto surgiu em 2012 e foi tomando forma após alguns acontecimentos na vida de Christiane Fogaça. Ao se encontrar em um relacionamento com uma mulher e decidir se assumir para a família, Christiane enfrentou momentos que mudaram sua história e, consequentemente, despertaram a sua vontade de seguir com o projeto. Fez uma primeira parceria com o roteirista Diego Marques, que a ajudou na estruturação de suas ideias e, depois, outros roteiristas também passaram pelo projeto.

Em 2019, convidou Nicole Gullane para assumir o roteiro e também assinar a direção. “Espero que este filme cause reflexão não apenas em mulheres que passam por um processo de descoberta da sexualidade, mas também em toda a sociedade. Queremos mostrar outro viés da vida de uma pessoa LGBTQIA+, que pouco é retratado no cinema: a esperança”, comenta Nicole. 

Além do objetivo de dialogar com o público feminino adulto, interessado em filmes e séries sobre relacionamentos humanos ou temáticas LGBTQIA+, o projeto visa dar voz às mulheres dentro e fora das telas, de acordo com a idealizadora Christiane: “Queremos dialogar com todas as classes, incluindo D e E, nas quais é possível observar uma taxa alta do público LGBTQIA+ e que, nem sempre, possui suporte psicológico para viver e compreender sua sexualidade, infelizmente. Destaco, também, que nossa equipe é composta, majoritariamente, por mulheres e/ou  LGBTQIA+”. 

O curta esta em fase de pós-produção e continua com a captação de recursos, principalmente, de empresas que costumam dialogar com a comunidade LGBTQIA+. “Tem sido uma jornada difícil na busca de recursos financeiros, pois já recebi muitos ‘nãos’. Mas acreditamos que conseguiremos parcerias com organizações que tenham valores que conversem com a nossa causa”, complementa Chris.  

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