Há três meses, o metrô de São Paulo ganhou um reforço na luta contra o HIV com a instalação de máquinas automáticas que distribuem medicamentos preventivos como PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e PEP (Profilaxia Pós-Exposição) em diversas estações.
A iniciativa faz parte de uma estratégia para ampliar o acesso aos tratamentos preventivos, principalmente para as pessoas que enfrentam dificuldades ou estigmas ao procurar ajuda nos serviços de saúde tradicionais.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) relatou que, nos primeiros três meses desde a instalação, foram distribuídos 539 frascos dos medicamentos, com a maioria sendo de PrEP, um número que destaca a alta demanda e aceitação dessa solução inovadora.
Vale destacar, que cada retirada dos medicamentos é acompanhada de um autoteste de HIV, que pode ser realizado de forma privada e serve como resultado para acessar os tratamentos online no aplicativo e-saudeSP.
Esses remédios são importantes no combate ao virus HIV, além de outros métodos de prevenção já existentes, como por exemplo o uso de preservativos nas relações sexuais.
A PrEP, que é tomada regularmente antes da exposição ao vírus, e a PEP, usada após a exposição, em casos de relação sexual desprotegida, por exemplo, são recomendadas pelas diretrizes de saúde e têm se mostrado eficazes na redução de novos casos de infecção pelo HIV. O tratamento com esta última deve ser iniciado até 42 horas após essa exposição e dura 28 dias.
Essa iniciativa ocorre em um momento de declínio nas infecções por HIV na capital paulista, que registrou uma queda de 54,6% nos novos casos nos últimos sete anos. A maior redução foi observada entre jovens de 15 a 29 anos, com uma diminuição de 57,3% nas infecções.
Além disso, a taxa de mortalidade por Aids também vem caindo, com uma redução de 44,1% em relação a uma década atrás, quando o início da queda foi observado, período em que foram registrados 780 óbitos. A instalação das máquinas automáticas dos medicamentos preventivos é vista como um avanço significativo na ampliação do acesso ao tratamento e na continuidade dessa tendência positiva. Os dados são do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids e Sífilis da Secretaria Municipal da Saúde.