O 1º de Dezembro deste ano conta com um marco muito importante na história, quando é completado 40 anos do primeiro diagnóstico de AIDS no mundo. A Prefeitura do Rio, numa ação conjunta entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública (SEGOVI), por meio da Coordenadoria Executiva de Diversidade Sexual, lançou nesta quarta-feira (01), no Museu de Arte do Rio (MAR), a campanha “Livre é saber.
“A estimativa do Ministério da Saúde é de que, hoje, cerca de 135 mil brasileiros vivem com HIV/Aids sem saber que estão infectados. A testagem é a única maneira de interromper a cadeia de transmissão. O Rio de Janeiro já foi a cidade que mais testava em todo o país e queremos retomar essa posição, minimizando o estigma em torno disso. Temos que naturalizar a testagem: não existe grupo de risco, mas sim comportamento de risco, e toda pessoa sexualmente ativa deve se testar a cada seis ou doze meses, ainda mais sendo o teste tão acessível na nossa rede de Atenção Primária à Saúde. Quanto mais cedo se descobre a infecção, melhor será a qualidade de vida do paciente. Testar-se é cuidar da sua saúde e dos outros”, indica o coordenador executivo da Diversidade Sexual, Carlos Tufvesson.
“O diagnóstico precoce é fundamental para a qualidade de vida de portadores de HIV, e ele só é possível fazendo o teste. As unidades de Atenção Primária estão preparadas para acolher os usuários e realizar a testagem de diferentes ISTs. Além disso, o SUS garante o tratamento gratuito, que é feito com a combinação de medicamentos que são bem aceitos e apresentam efeitos colaterais mínimos. Um paciente que segue corretamente o tratamento pode chegar a uma carga viral indetectável e não transmite mais o vírus. Testar é garantir segurança e qualidade de vida”, pontua o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
“Cabe ao poder público oferecer à população não só o acompanhamento médico, mas também a informação. O objetivo da campanha é promover, de maneira fluida e natural, o diálogo sobre um tema que, infelizmente, para alguns ainda é tabu. O cidadão precisa compreender que saber e tratar é o que lhe permite levar uma vida saudável. Desmistificar os mitos em torno da infecção pelo HIV é essencial para um efetivo combate ao preconceito”.