Peral Fernandez, acusada de matar por tortura, junto com o namorado Isauro Aguirre, o seu próprio filho de 8 anos, por suspeitar que ele era gay, foi condenada à prisão perpétua. O caso aconteceu em 2013 na Califórnia, nos Estados Unidos, e o padrasto do garoto chegou a receber sentença de morte.
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De acordo com a acusação, o casal torturou o jovem Gabriel Fernandez com spray de pimenta, o obrigou a comer as próprias fezes e depois vomitá-las. Além de queimar a criança com bitucas de cigarro e agredir a vítima com taco de beisebol que por fim levou ao óbito da vítima.
Após o crime, o casal ligou para polícia e alegou que Gabriel tinha cometido suicídio. No depoimento, eles afirmaram que a criança “gostava de bater em si mesmo, era homossexual e queria acabar com a própria vida.” Porém, logo as autoridades descartaram essa possibilidade e os dois foram presos.
Em sua sentença, o juiz Geoge L. Lomeli não hesitou em considerar os dois como culpados. “A vossa conduta foi horrenda e desumana. Até podia dizer que foi animalesca mas isso seria errado porque até os animais sabem cuidar das suas crias ao ponto de sacrificarem as suas próprias vidas”, declarou.
Os irmãos de Gabriel, Ezequiel, de 12 anos, e Virginia, de 11 também testemunharam contra a mãe e o padrasto. Eles afirmaram que os dois costumavam agredir o garoto e apertavam-lhe o seu pescoço até que desmaiasse.
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No tribunal, Ezequiel disse que o casal apelidava o irmão de “Mono” e o deixava preso algemado durante horas sem comida nem água. O garoto chegou a ver ainda o padrasto bater em Gabriel, completamente nu, com uma fivela de metal. Além disso, a mãe o pedia para bater no irmão, atitude que deixou todo o júri em choque.
Ezequiel confessou que pedia à vítima para fingir que caía porque este o tinha agredido, apenas para não lidarem com o castigo da mãe. Já Virgina, relatou ter visto a mãe quebrar os dois dentes da frente de Gabriel ao dar-lhe um soco.
Isauro foi sentenciado à pena de morte em dezembro do ano passado por homicídio em primeiro grau e por assassinato com tortura. Em fevereiro, Peral declarou-se culpada dos mesmos crimes à exceção do assassinato com tortura, conseguindo assim escapar da pena mais pesada que a iria encaminhar para o “corredor da morte”.