Depois de entrar para a lista de países que aceitam competidoras trans no concurso de beleza, a África do Sul tem em seu concurso de Miss sua primeira finalista transgênero, a modelo Lehlogonolo Machaba de 24 anos. Machaba diz que quer usar a exposição e visibilidade que está tendo para promover uma maior aceitação para as pessoas da comunidade LGBTQIA+ e ser um exemplo.
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“Ser a primeira mulher trans na África do Sul a entrar no concurso foi realmente impressionante, mas ao mesmo tempo sou grata por ter tido a oportunidade de tentar defender minha comunidade. Vi nos últimos meses como pessoas queer foram mortas. Você tem tópicos nas redes sociais sobre crimes de ódio contra a comunidade. Portanto, ser a primeira é um pouco opressor e também estou ansiosa com a questão de que as pessoas agora saibam que sou uma mulher trans”, disse Lehlogonolo à agência Reuters.
Apesar de ser um país onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legalizado e de permitir que pessoas trans possam mudar de identidade no registro nacional, a África do Sul ainda possui uma grande taxa de violência contra pessoas da população LGBTQIA+, isso devido ao fato de que na maior parte do continente africano o relacionamento homoafetivo é considerado crime.
Além da modelo sul-africana, a modelo Kataluna Enriquez de 22 anos foi a primeira mulher trans a participar do concurso de Miss nos Estado nos Unidos. Kataluna representa o estado de Nevada no concurso deste ano. “Sou tudo o que está sub-representado neste país. Nossas vozes contam”, disse a Miss em entrevista ao jornal ‘Las Vegas Review’.