Política

Em cidade mineira, pastores tentam barrar regularização de Conselho LGBTQIA+

“[O projeto] afronta diametralmente a Constituição Federal, colocando em xeque direitos fundamentais como a liberdade de expressão" disse um dos pastores

Direitos LGBTQIA+
Direitos LGBTQIA+

Na cidade de Betim, em Minas Gerais, um grupo de pastores se posicionou de forma contrária à regularização do Conselho Municipal de Atenção a Diversidade Sexual LGBTQIA+. Apesar de já existir como decreto municipal é preciso que a Câmara dos Vereadores da cidade aprove a regulamentação para que o projeto passe a virar uma lei.

O pastor João Batista Boaes, presidente do Conselho Municipal dos Pastores Evangélicos de Betim (Conpeb) disse em nota que a criação de um conselho LGBT “atenta contra os princípios familiares tradicionais”. João Batista rejeita a proposta com base na “defesa dos princípios basilares da família tradicional e na defesa dos direitos fundamentais”.

“[O projeto] afronta diametralmente a Constituição Federal, colocando em xeque direitos fundamentais como a liberdade de expressão, liberdade religiosa, entre outros. Ante exposto, solicitamos a rejeição do projeto em voga e propositura de melhor discussão sobre o tema” disse um dos pastores em comunicado.

De acordo com matéria do site Gay Blog, segundo Leônidas Ferra, presidente do Conselho LGBTQI de Betim, o documento de repúdio foi recebido com surpresa. “A gente não esperava, mas a gente sabe que esses ataques configuram homofobia. Ficamos chocados com esse tipo de atitude. Nesta altura do campeonato, é desnecessário mandar uma carta de repúdio contra a regulamentação de promoção da cidadania de pessoas LGBTs” disse Leônidas.

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