No último dia 31 de dezembro começaram os testes piloto da primeira criptomoeda LGBTQIA+, lançada em Madri, na Espanha. O processo de testagem da Maricoin, como é chamada a moeda, envolve 10 empresas e tem previsão para durar cerca de uma semana.
O nome foi escolhido justamente para ser um trocadilho entre as palavras “maricón”, que traduzida do espanhol para o português e significa “marica”, e a palavra “coin”, “moeda” em inglês. De acordo com os próprios criadores da criptomoeda, o objetivo é aproveitar o poder econômico da comunidade LGBTQIA+ para “mudar o mundo”.
“Já que movemos esta economia, por que nossa comunidade não deveria lucrar com isso, em vez de bancos, seguradoras ou grandes corporações que muitas vezes não ajudam as pessoas LGBTQ+?”, diz Juan Belmonte, cabeleireiro, empresário e cofundador da iniciativa. Ele ainda conta que a ideia surgiu em julho, enquanto estava aproveitando uma festa do evento Orgulho Madrid, com alguns amigos.
Outro objetivo da iniciativa, é que a nova moeda seja aceita em cafés, restaurantes, lojas e hotéis, que firmaram um “manifesto de igualdade”. “Os estabelecimentos que aceitarem nossa moeda serão listados em nosso mapa, que funcionará como um guia LGBTQ+ para quem visita qualquer cidade do mundo”, diz Francisco Álvarez, de 48 anos, que é CEO da MariCoin e também é CEO da Startify.