A Revolta de Stonewall se tornou um símbolo da libertação LGBT+ e das demonstrações de orgulho da comunidade homossexual e, posteriormente, LGBT+.
Mas antes deste acontecimento emblemático, ativistas já lutavam por seus espaços.
A historiadora Sheila Rowbotham recorda do célebre Edward Carpenter – poeta, criador de conceitos filosóficos, socialista utópico e um dos pioneiros dos direitos dos gays, bem em meio à repressão da Inglaterra vitoriana – esta época é precípua pela consolidação da supremacia inglesa nos mares, no século XIX, durante 63 anos, de junho de 1837 a janeiro de 1901 – Edward foi um importante reformador cultural, político e social no final do século 19 e início do século 20 na Grã-Bretanha.
Entre 1893 e 1895, Edward produziu três panfletos sobre sexo nos quais o autor afrontava tanto a supremacia e dominação masculina quanto o sigilo preponderante sobre as relações sexuais. A romancista Edith Ellis, casada com o antigo psicólogo sexual Havelock Ellis, mas atraída ferozmente por mulheres, ansiava por suas “sex-bombs”. Eles eram de fato explosivos, especialmente o terceiro, Homogenic Love and its Place in a Free Society, que foi impresso apenas para circulação privada, porque o amor entre pessoas do mesmo sexo era visto como indecente e imoral.
Como filósofo foi notadamente conhecido pela publicação de Civilisation, its Cause and Cure (“Civilização, a sua Causa e Cura”).
Richard von Krafft-Ebing, em 1886, sexólogo e médico encaixa a homossexualidade na lista de doenças e a categoriza como uma “inversão congênita” adquirida ou inata. Em termos mais filosóficos, ele fala sobre um “hermafroditismo da alma”.
Nesta época, a psicologia tentava, com pouco êxito, entender pessoas dissidentes, que destoavam do padrão vigente hétero. Em 1890, Carpenter articulou escritos direcionados a lutar contra a discriminação com base na orientação sexual.
O seu livro de 1908 sobre este tema, The Intermediate Sex (“O sexo intermédio”) serviu de base para movimentos LGBT do século XX.
Carpenter havia se apaixonado, em 1891, por um jovem chamado George Merrill, de uma família pobre de Sheffield. Ambos vivenciaram um romance.
Edward Carpenter morreu em 28 de junho de 1929.