O ex-participante do BBB 23, Fred Nicácio, vem desabafando ultimamente sobre questões concernentes à sua vida particular, em especial o preconceito que sempre sofreu.
Criado na igreja evangélica desde criança, o médico acreditava ter algo de errado consigo. “Fui criado em Igreja Evangélica Batista, mas no fim da adolescência eu me entendi como um homem gay. A narrativa é de que a homossexualidade é pecado. Tentei buscar curas, até entender que eu era amado por Deus do jeito que sou”, disse ele, em entrevista ao jornal Extra.
“Em 2021, uma amiga me convidou para conhecer o Culto de Ifá. Na primeira reunião, teve uma espécie de “batismo” de um bebê, uma consagração para os orixás cuidarem dos caminhos dele, mas o que chamou minha atenção foi que os pais eram homens gays. Aquilo encheu meu coração, me senti acolhido”, relembrou.
Dentro da casa, o médico chegou a mencionar o seu pai. “Eu disse a mim mesmo que não iria virar estatística, que não seria mais um filho morto pelo pai porque é gay. Fui à delegacia com um amigo meu, fiz um B.O e aí começou todo o processo. A última vez que eu vi meu pai tem anos, sei lá, tipo sete anos. Foi na frente de um juiz onde o juiz deixou claro ali a Lei Maria da Penha pra me proteger. Ele não poderia se aproximar mais do que duzentos metros de mim, não poderia me ligar, mandar mensagem…”, disse.