A mais nova escola de samba criada em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, promete chegar com tudo para dar mais cor ainda ao carnaval carioca. Em 2022, ela irá fazer sua estreia no Grupo de Avaliação (conhecido anteriormente como série E) da Independente Magalhães.
De acordo com informações do O Globo, o grupo é a primeira e única que está oficialmente ligado as causas LGBTQIA+, a rainha e princesa de bateria da escola são transexuais, o rei e príncipe são gays, também o mestre sala e a diretoria. Já a posição de porta-bandeira é ocupada por uma drag queen e à frente dos ritmistas encontra-se uma mulher como mestre.
“Precisamos de dinheiro para colocar o nosso carnaval na rua. Também estamos lutando para termos uma quadra. Por enquanto ensaiamos no meu quintal, de forma bastante improvisada. Já os eventos são realizados na rua ou em locais alugados” conta Sandra, uma das responsáveis pela confecção das fantasias da escola. “Eu sonho em criar oficinas de costura, alegorias e percussão na futura quadra” disse.
Clayton Ferreira, que é presidente da Superliga, comemorou a chegada da Bangay e ressaltou a importância e necessidade da diversidade na festa. “Ter uma escola assumidamente gay é muito positivo e chama atenção para a diversidade, dando espaço de fala para a comunidade LGBTQUIAP+, que já faz parte do mundo do carnaval há muito tempo. Essa festa precisa de novidades para somar. O samba é um local de confraternização” declarou Clayton.