ENTREVISTA

Angelica Ross revela que não consegue assistir Pose: "Faz anos que não acompanho mais"

Intérprete de Candy na série norte-americana relembrou os bastidores da época em que trabalhou com Ryan Murphy

Angelica Ross
Angelica Ross (Foto: Divulgação)

A atriz trans Angelica Ross, de 43 anos, revelou que não consegue mais assistir a série Pose por conta de sua má experiência nos bastidores da obra de Ryan Murphy. Em entrevista ao BuzzFeed, a intérprete de Candy na série norte-americana relatou que, embora não consegue mais acompanhar o seu trabalho na trama de Murphy, ela se sente muito orgulhosa de tê-lo concluído e destacou o episódio em que sofreu transfobia de Emma Roberts.

“Estou orgulhosa do meu trabalho. Fico ainda mais orgulhosa quando penso no que passei para realizá-lo. Estou farta de Hollywood e da proteção de maus atores. E quando digo maus atores, não estou falando apenas da atuação. Estou falando de pessoas que estão se comportando mal e todos sabem que estão se comportando mal”, refletiu a artista.

Angelica Ross também relembrou o pedido de desculpas de Emma Roberts, depois que ela decidiu expor publicamente o episódio que sofreu transfobia da atriz nos bastidores de ‘American Horror Story: 1984″.

“Eu estava tipo, ‘Garota, não faça isso. Você sabe o que estava acontecendo. Se você não quer falar sobre a questão geral de como você está se comportando, então pedir desculpas não vai fazer nada por mim. Eu não sei o que te dizer. Você não está arrependida, apenas lamenta que a reação na internet tenha ocorrido ou algo assim. E não foi por isso que mencionei, nem era essa a intenção. Era só eu falando a minha verdade’”, analisou ela.

Por fim, a atriz revelou que não consegue mais assistir a série Pose, por conta da mágoa que sente por Ryan Murphy por ele não ter cumprido a visibilidade para a comunidade negra e queer que havia prometido.

“Faz anos que não assisto ‘Pose’. Não consigo assistir. É muito, muito difícil para mim. Passei por um processo de luto com isso. Quando você está atuando e tem que passar por uma morte, tanto deitada no chão de um quarto de motel quanto em um caixão, isso te faz pensar nas pessoas que vão aparecer no seu funeral e que nunca apareceram para você na vida real. Pessoas que falam mal de você na vida real, mas podem estar no seu funeral te elogiando”, afirmou Angelica Ross.