É uma tradição da sociedade julgar e estereotipar tudo que é novo. Vítima da vez? A não-monogamia, ou relacionamento aberto (também conhecido como poliamor). Nas redes sociais, o assunto motiva grandes debates entre aqueles que defendem e os que se opõem.
E no fim das contas, a monopolização do afeto parece ganhar como a única opção disponível – e além de muitos fatores, a principal razão disso é a transpassagem da cultura que todos temos uma ‘cara metade’.
“Não há maior símbolo de respeito do que você viver em uma relação onde você e quem você ama estão livres para viver todas as experiências que querem viver”, diz Dante Olivier. Ele e a namorada estão em um relacionamento aberto desde o ínicio, há um pouco mais de um ano. Mas antes disso, ficavam recorrentemente já faz quatro anos.
Atualmente, todos os relacionamentos têm seus acordos – e o de Dante não poderia ser diferente. “A gente tem muita segurança um no outro. Podemos ficar com quem quisermos, quando a gente quiser e quantas vezes preferimos. Não somos cheio de restrições, mas a comunicação é o ponto-chave. Se vamos para alguma festa, a gente entende e se comunica se o outro está a fim ou não de ficar com outras pessoas, essencialmente, o nosso acordo é o diálogo”, revela o influencer.
Mas o conceito do respeito deveria perpassar de dentro para fora do relacionamento. Isso porque, apesar de ¼ da população se entender como não-monogâmico ou ter interesse em praticar esse modelo de relacionamento, as outras ¾ estão, em sua maioria, agressivamente impondo o modelo monogâmico em diversas redes sociais, como Twitter e TikTok.
Para Dante, a resposta é clara: “Só vive a sua vida e eu vivo a minha, sabe? É um fato que as pessoas vão discordar e tá tudo bem, mas eu adoraria que enxergassem e entendessem que é só mais uma forma de se relacionar, real e válida, e não um ataque às outras formas“, finaliza.