O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou que o arcebispo e ativista Desmond Tutu faleceu durante o último domingo (26), aos 90 anos. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz, lutava por justiça racial e também era grande apoiador da luta pelos direitos LGBTQIA+.
“Eu não adoraria um Deus que é homofóbico. Me recusaria a ir para um paraíso homofóbico. Diria: Desculpe, prefiro ir para outro lugar”, disse Desmond no ano de 2013, quando lançou uma campanha pelos direitos LGBTs na Cidade do Cabo. O arcebispo comparava a luta da comunidade LGBTQIA+ com a luta contra o apartheid, dizendo que ambas estavam no mesmo nível.
Ao anunciar a morte de Tutu, Cyril afirmou que este é outro capítulo de grande luto para a nação sul-africana. “A morte do arcebispo emérito Desmond Tutu é outro capítulo de luto no adeus de nossa nação a uma geração de sul-africanos excepcionais que nos deixou uma África do Sul liberta”, disse o presidente.
“Desmond Tutu era um patriota sem igual; um líder de princípio e pragmatismo que deu significado à compreensão bíblica de que a fé sem obras está morta”, continuou. Desmond Tutu foi diagnosticado com câncer de próstata no ano de 1997. Já em 2015, o ativista passou por diversas internações, ele faleceu no centro de repouso e cuidados para idosos Oasis Frail.