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Após acordo com bancada cristã, Plano Cultural com termo "Cultura LGBT" é aprovado

"Nós não podemos ter, numa Casa como essa, uma Casa que exclui. Essa Casa tem o papel de incluir as pessoas, de reconhecer as diferenças...", disse Sílvio Humberto

LGBTQIA+ na política
LGBT+ na política (Foto: Divulgação)

Durante a última quarta-feira (15), a Câmara dos Vereadores de Salvador aprovou o Plano Municipal de Cultura, que prevê o planejamento e execução de políticas públicas no setor pelos próximos dez anos. O projeto estava em tramitação na casa há algum tempo, e após um acordo com a bancada cristã, a proposta foi aceita.

Cinco vereadores votaram contra a aprovação do plano, devido a esse fato, o vereador Sílvio Humberto (PSB), relator do texto, adotou uma emenda da colega Débora Santana (Avante). A emenda pedia que o termo “cultura gospel” passasse a constar no bojo da proposta.

O trecho da proposta em questão, garante apoia à realização de eventos voltados à cultura cristã. Sílvio Humberto fez um discurso onde criticou a demora da votação e em defesa à democracia. “Quando o fundamentalismo entra, o diálogo desaparece. Isso fere de morte a democracia, e isso nós temos que nos cuidar. Cada vereador e vereadora que aqui está precisa ter o cuidado com essa chamada democracia. Essa capacidade de ouvir, de escutar e, acima de tudo, a capacidade de diálogo”, disse o vereador.

“Nós não podemos ter, numa Casa como essa, uma Casa que exclui. Essa Casa tem o papel de incluir as pessoas, de reconhecer as diferenças. E as nossas diferenças não podem ser mais nas dores e nas desigualdades. Nossas diferenças têm que ser vistas e entendidas para que possamos construir pontes, para, no mínimo, mitigar os seus efeitos. E o Plano Municipal de Cultura fez esse exercício”, acrescentou Humberto.

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