Política

No STF, Mendonça assume ação sobre ensino de gênero em escolas

Durante a Sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, Mendonça disse que não esperassem dele compactuar com qualquer tipo de discriminação

André Mendonça assumi relatoria de ação sobre ensino de questões de gênero em escolas
André Mendonça assumi relatoria de ação sobre ensino de questões de gênero em escolas (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O evangélico André Mendonça, que assumiu recentemente o cargo como ministro do STF, assumiu também a relatoria de uma ação que visa discutir o ensino de questões de gênero nas redes de educação. O processo movido pelo PSOL, no ano de 2018, pede que duas leis que proíbem que o tema seja abordado na grade curricular sejam derrubadas, nos municípios de Petrolina e Garanhuns, em Pernambuco.

Segundo informações divulgadas pelo UOL, além desta ação, desde o ano de 2017, chegaram ao STF cerca de 11 ações contra leis que proíbem a abordagem dos temas sobre questões de gênero, orientação sexual e termos similares. Três delas, incluindo a que deverá ser analisada por Mendonça, ainda estão aguardando análise, e uma delas foi arquivada antes de seu julgamento.

Já em relação a todas as demais ações, o Supremo decidiu por unanimidade anular as legislações que foram consideradas inconstitucionais. Foi considerado pelo tribunal que as leis apropriam-se da competência da União, que é a responsável pelas diretrizes da educação nacional.

André Mendonça, indicado do presidente Jair Bolsonaro ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse durante a Sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, que não esperassem dele compactuar com qualquer tipo de discriminação. “Espere de mim não compactuar com discriminação, como diz o próprio texto da Constituição. E, aqui, permita-me englobar todos os direitos da comunidade LGBTIA+, indígena, quilombola, das mulheres, dos idosos, das crianças de buscar garantir esses direitos” declarou.

Direitos LGBT estão ameaçados após indicação de André Mendonça para o STF?

Para falar sobre isso, o Observatório G conversou com a advogada Izadora Barbieri, que deixa claro que direitos precisam de vigilância recorrente.

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