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Príncipe gay da índia luta contra "terapia de Conversão"

Singh Gohil é o 39º descendente direto da dinastia Gohil Rajput da Índia

Manvendra Singh Gohil
Manvendra Singh Gohil

Uma pesquisa da Universidade de Coventry, no Reino Unido, publicada no ano passado, entrevistou dezenas de pessoas que haviam sido submetidas a essas “terapias de conversão” e não encontrou nenhuma evidência de que elas funcionem. O intento é reformular o desejo que a pessoa tem pelo mesmo sexo, mas sem êxito. No passado, implementavam isso com lobotomia, choques e até o reforço da masculinidade.

Em 2020, o instituto Williams, da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia, sinalizou que homossexuais ou bissexuais sujeitados a este tipo de terapia têm quase o dobro de probabilidade de tentar ou pensar em suicídio.

Nessa direção, o príncipe real Manvendra Singh Gohil, conhecido por ser o primeiro membro da dinastia indiana a assumir a homossexualidade, no ano de 2006, promete ser um porta-voz contra isso, segundo o UOL História.

No dia em que saí, minhas efígies foram queimadas. Houve muitos protestos, as pessoas saíram às ruas e gritaram slogans dizendo que eu trouxe vergonha e humilhação para a família real e para a cultura da Índia”, disse ele.

Sua luta vem da própria história vivenciada. A família tentou o procedimento com ele. “Eles procuraram médicos para operar meu cérebro para me tornar heterossexual e me submeteram a tratamentos de eletrochoque”, acrescentou.

Esses métodos começaram a ser implantados em meados do século 19. Uma pesquisa feita pelo Governo britânico em junho de 2017, que contou com mais de 108.000 pessoas LGBT+ da Grã-Bretanha apontou que 2% dos entrevistados já participaram.