Uma pesquisa da Universidade de Coventry, no Reino Unido, publicada no ano passado, entrevistou dezenas de pessoas que haviam sido submetidas a essas “terapias de conversão” e não encontrou nenhuma evidência de que elas funcionem. O intento é reformular o desejo que a pessoa tem pelo mesmo sexo, mas sem êxito. No passado, implementavam isso com lobotomia, choques e até o reforço da masculinidade.
Em 2020, o instituto Williams, da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia, sinalizou que homossexuais ou bissexuais sujeitados a este tipo de terapia têm quase o dobro de probabilidade de tentar ou pensar em suicídio.
Nessa direção, o príncipe real Manvendra Singh Gohil, conhecido por ser o primeiro membro da dinastia indiana a assumir a homossexualidade, no ano de 2006, promete ser um porta-voz contra isso, segundo o UOL História.
“No dia em que saí, minhas efígies foram queimadas. Houve muitos protestos, as pessoas saíram às ruas e gritaram slogans dizendo que eu trouxe vergonha e humilhação para a família real e para a cultura da Índia”, disse ele.
Sua luta vem da própria história vivenciada. A família tentou o procedimento com ele. “Eles procuraram médicos para operar meu cérebro para me tornar heterossexual e me submeteram a tratamentos de eletrochoque”, acrescentou.
Esses métodos começaram a ser implantados em meados do século 19. Uma pesquisa feita pelo Governo britânico em junho de 2017, que contou com mais de 108.000 pessoas LGBT+ da Grã-Bretanha apontou que 2% dos entrevistados já participaram.