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Especial

Entrevista: a fetichização da mulher trans por homens héteros

O portal Observatório G, conversou com a modelo trans Ana Luísa, que falou sobre a fetichização que as mulheres trans sofrem ao longo de suas vidas

Publicado em 20/11/2021

Muitos homens cis e heterossexuais acabam recorrendo às mulheres trans, como forma de ter experiência sobre aquilo que lhe é reprimido, principalmente quando as suas parceiras acabam não satisfazendo todos os seus desejos sexuais. Por conta disso, o portal Observatório G conversa hoje com a modelo trans e estudante Ana Luísa, de 26 anos, que falou sobre a fetichização que as mulheres trans sofrem ao longo de suas vidas. Confira a entrevista:

Como mulher trans, você acredita que homens héteros te flertam mais que os homens gays?

Com certeza, quase todo dia sofro com abordagens de homens cisgêneros héteros na rua, querendo algo, mas na maioria das vezes a maioria só está em busca de sexo fácil.

Para você, existe alguma fetichização em relação ao sexo com uma mulher trans? Como ‘a curiosidade’, por exemplo…

Sempre, infelizmente a maioria dos homens só procuram mulheres trans pra sexo ou matar sua mãe curiosidade, dificilmente um homem cisgênero hétero gostaria de algo sério com uma mulher trans, é sempre pensando no lado sexual, esquecendo do lado humano e sentimental.

Homens casados já te procuraram?

Quase todo dia, existem diversos tipos de homens, mas existem esses homens em específicos, que se casam com mulheres cis pra esconder o desejo que sente por mulheres trans, permanecendo um desejo retraído, que muitas vezes faz esses homens buscarem por programa para matar essa vontade.

Você já foi paquerada por algum homem em alguma situação bizarra?

A situação mais bizarra que conheço, foi quando eu estava andando na rua e um cara do nada mostrou suas partes íntimas pra mim e pediu para eu consumar um ato sexual com ele, simplesmente do nada, sem eu ter em nenhum momento dado liberdade para o mesmo fazer isso, foi traumatizante.

Já viveu alguma situação de preconceito, ou algo do tipo, após o ‘paquera’ descobrir que você é uma mulher trans?

Ainda não sofri nenhuma violência nesse sentido, pois a primeira coisa que faço quando flerto com alguém, é já sair contando que sou uma mulher trans, eu sei que não é obrigação de nenhuma de nós se expor desta forma, porém eu prefiro pra evitar qualquer tipo de violência ou rejeição, então gosto de deixar bem claro de cara, lembrando que isso é somente a minha forma de lidar, nenhuma pessoa trans é obrigada agir dessa forma, sendo mulher trans, travesti ou homem trans/transmaculino.

Transgêneros no mercado de trabalho: Os desafios da inclusão

É preciso reafirmar direitos trans recorrentemente. A acessibilidade de pessoas trans no mercado de trabalho ainda é marcada por muitos percalços, por isso a população costuma ser marginalizada e recorrer a atividades como prostituição. Além do mais,  iniciativas de inclusão de pessoas trans devem focar na eliminação da hostilidade no ambiente de trabalho e mais oportunidades.

Mas a verdade é que, apesar da crescente evolução do mercado de trabalho em direção ao respeito à diversidade, muitos indivíduos ainda sentem o acanhamento no momento do processo seletivo, entre outras situações – dado o histórico de discriminação sofrido por estes profissionais, diz Dani Verdugo, empresária e headhunter, atua com Executive Search na THE Consulting.

A deputada estadual Renata Souza (PSOL), do estado do Rio de Janeiro, apresentou um projeto de lei que propõe obrigatoriedade, a empresas privadas que recebem incentivos fiscais, de reserva de 5% de suas vagas para travestis e transexuais, deixou claro.

Para o consultor Pedro Sampaio, da Tree Diversidade, o lugar laborativo deve acolher ao máximo. “De nada adianta a empresa contratar pessoas trans, negras, mulheres, pessoas com deficiência se não preparar o ambiente para acolhê-las. Se o ambiente é hostil, elas vão gastar mais energia se defendendo dele do que produzindo”, ressalta.

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