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Ex-ator pornô gay desabafa sobre racismo na indústria pornográfica

Publicado em 13/06/2020

Os protestos do Black Lives Matter têm incentivado cada vez mais as pessoas a se manifestarem contra o racismo estrutural. Desta vez foi a vez do ex-ator pornô gay Race Cooper.

Em entrevista ao portal Pink News, o artista desabafou sobre sua experiência na indústria pornográfica, principalmente na produtora Raging Stallion, hoje conhecida como Falcon Studios.

Durante a entrevista, Cooper fez relatos de atitudes racistas dentro da empresa, que acabavam sendo constantes. Segundo o ex-ator pornô, pessoas eram encorajadas a destacarem quais categorias raciais se sentiriam “desconfortáveis” em filmar.

“Em 2010, me tornei a única pessoa negra em período integral que trabalhava como funcionário. Havia um racismo sistêmico na empresa”, afirmou Cooper, que chegou a receber menos que um ator amador branco.

“Até mesmo as cenas de fetiche que fiz, que pagaram um pouco mais, ainda pagaram menos do que para qualquer branco. Fui feito para sentir que não era digno de elogios, validação e definitivamente menos valioso do que todos os atores brancos”, disse.

O ator ainda fez questão de desabafar sobre a hipersexualização do homem negro, que acabam sendo reduzidos apenas ao órgão genital. Para Race Cooper, os impactos da prática dentro da indústria são ainda mais degradantes do que no cotidiano.

“Quando você fetichiza uma pessoa, está transformando-a em algo. Fetiches como brincadeiras não têm nada a ver com raça ou cor da pele e qualquer um pode participar. Mas quando seu fetiche é ‘um cara negro’, você está retirando o componente humano e tratando-o apenas como objeto com base na cor da pele”, declarou.

Em comunicado ao Pink News, Tim Valenti, presidente e CEO da Falcon/ Naked Sword disse respeitar o posicionamento do ex-ator pornô e garantiu que as atitudes da antiga Raging Stallion não fazem parte do legado da Falcon atualmente.

“Acredito que vozes como a dele devem ser ouvidas. Eu só quero ouvir e trabalhar para fazer melhor. É verdade que nos 50 anos de história da Falcon, o estúdio contratou principalmente artistas brancos. Não posso desculpar as escolhas de Chuck Holmes ou de qualquer um dos veteranos do setor que administravam essa empresa antes de mim, mas posso garantir que, como presidente e CEO hoje, não quero que esse seja o legado da marca Falcon”, disse.

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