A série da Netfliz Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime relatou pormenores da vida de Elize Matsunaga, assassina confessa de seu marido, Marcos Matsunaga, a quem esquartejou. Dentre alguns detalhes revelados, está a adoração de Elize por arte e Caravaggio, uma das maiores influências do barroco e exímio pintor italiano, conhecido também por sua vida caótica, repleta de confusões. A minissérie chega a colocar algumas das pinturas do artista, especialmente as mais perfurantes.
A série mostra com afinco o lado da acusação e defesa, e as narrativas usadas na época. A defesa tentava mostrar uma Elize terna, vulnerável e abusada psicologicamente pelo marido poderoso, ao passo que a acusação denotou uma assassina fria, vingativa em busca de mais grana. A priori, a criminalista Roselle Soglio, que atuou no caso Nardoni, chegou a estar à frente da defesa de Elize.
A vida de Matsunaga é trazida è tona. O espectador imerge em aspectos mais profundos da vida da representada, como os abusos que ela sofreu na infância, por exemplo.
Outro ponto interessante é que a defesa tentar invocar alguns argumentos que compõem as narrativas vigentes de hoje, como o machismo, ao alegar que Elize foi vítima de abuso, e talvez um homem no lugar dela teria outro tratamento.
Hoje, Elize estaria namorando o estudante Tiago Cheregatte Neves, um homem trans de 23 anos. Os dois se conheceram na Penitenciária de Tremembé, local onde já abrigou nomes como Suzane von Richthofen, Roger Abdelmassih e o casal Nardoni.