O humorista Paulo Gustavo, de forma leve, genial e descontraída, conseguia trazer assuntos concernentes ao cotidiano com um dom magistral de atingir a todos. Quem pensa que temas complexos como política, religião e liberdade ficavam de fora de seus roteiros inteligentes está enganado.
Aliás, o brado pela liberdade entoou muito antes da fama. Em 1999, aos 21 anos, o famoso topou aparecer dando um beijo na boca de outro homem na capa de uma revista. Conforme reportagem do Terra, a ‘Sui Generis’ se consolidou como uma das primeiras revistas voltadas a gays no País.
As mídias alternativas, mesmo boicotadas, sempre existiram. O Lampião da Esquina, por exemplo, foi um jornal homossexual brasileiro que circulou durante os anos de 1978 e 1981. Nasceu dentro do contexto de imprensa alternativa e contracultura na época da abertura política de 1970.
Paulo, no entanto, corroborou muito com a luta em prol da aceitação, de maneiras variadas. Seja dando um beijão em uma capa de revista até levar milhares de pessoas a ver, em seu último filme, um casamento gay acompanhado de mensagens genuínas sobre o amor e o mundo, que não é nada maternal com LGBTs.