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Direito a Deus

Idolatria e Prostituição Cultual: as causas do cativeiro de Israel

O profeta Ezequiel confirma os ensinos da Teologia Inclusiva e que a prostituição cultual estava por trás das passagens usadas para condenar pessoas LGBTQIAP+

Publicado em 12/04/2022

Ao trazer à tona o sexo pagão praticado pelos povos antigos, a Teologia Inclusiva desfaz toda a crença de que os textos de Levítico 18:22, de Deuteronômio 22:5 e da Carta de Paulo aos Romanos 1:26-27 condenam lésbicas, gays e transgênero.

A análise da prostituição cultual busca seu fundamento naquilo que a História relata acerca do cenário sociorreligioso dos tempos referentes às passagens descritas, além das próprias confirmações bíblicas.

Pois bem. Além da Bíblia trazer relatos evidentes da preocupação de Deus com a possível idolatria do povo de Israel no pós saída do Egito, a exemplo da advertência descrita no livro de Êxodos 20:3, todo o Velho Testamento traz a temática da idolatria pagã como abominável.

Quando o povo de Israel é levado cativo para a Babilônia, na segunda deportação (597 a.C), alguns profetas são levantados para declarar os erros que levaram os hebreus ao cativeiro. Dentre eles estava Ezequiel, o qual começou a ter visões e ouvir a voz de Deus no ano 593 a.C. (lembrando que a contagem dos anos do período antes de Cristo é feita de forma decrescente até chegar no ano 1 a.C e depois iniciar os anos da era cristã de forma crescente).

O profeta Ezequiel, conforme ele mesmo descreve no capítulo 1, estava no meio dos cativos que foram levados durante o reinado de Joaquim. O capítulo 1 ainda descreve que Ezequiel começou a ter visões no quinto ano do cativeiro. O capítulo 3 relata Deus escolhendo-o para falar ao povo.

No capítulo 8, Deus começa a mostrar para o profeta as abominações que o povo de Israel havia feito dentro do santuário. O original grego traz a palavra toevah, traduzida como “abominações”, a qual se refere a abominações de ordem ritualística, especialmente idolatria. Isto é, Deus estava falando da idolatria do povo.

Nisso, Deus mostra para Ezequiel o que estava sendo feito no Templo:

E entrei e olhei, e eis que toda forma de répteis, e de animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel estavam pintados na parede em todo o redor

O que Deus estava mostrando em visão era que o povo de Israel havia levado a idolatria dos povos pagãos para dentro do Templo, do santuário. Tamuz, descrito no versículo 14, era um deus da fertilidade, cultuado pelos assírios. Segundo o ritual dessa divindade, o choro por ele supostamente poderia trazer de volta os mortos.

Do mesmo modo, quando o trecho se refere a “animais abomináveis”, essa palavra “abomináveis” vem do original grego “seqes”, o qual se refere a objeto abominável. No caso, aqui, relaciona-se à imagem do ídolo enquanto objeto.

A diferença entre “toevah” e “seqes” é porque neste caso o abominável é o objeto e naquele caso o abominável é o ato. Quando a Bíblia traz “toevah”, quer dizer que os rituais idólatras são abomináveis. Por outro lado, quando fala em “seqes” diz que os animais eram abomináveis, porque eram imagens de ídolos.

Por sua vez, a adoração ao sol descrita no versículo 16 se refere ao deus egípcio Rá ou Amon-Rá, assim como o ato de levar “o ramo ao nariz”, descrito no versículo 17, provavelmente diz respeito a rituais obscenos associados à adoração da deusa Ishtar ou Aserá, conforme esclarece a Bíblia de Estudo Palavra-Chave da CPAD.

O capítulo 14 do Livro descreve o castigo dos idólatras. Em vários trechos são citadas as palavras ídolos e abominações (toevah).

A partir do capítulo 16, Deus começa a descrever com mais detalhes as abominações de Jerusalém:

“21.E mataste meus filhos e os entregaste a elas para os fazerem passar pelo fogo.

(…)

24.que edificaste uma abóboda e fizeste lugares altos por todas as ruas.

25.A cada canto do caminho edificaste o teu lugar alto, e fizeste abominável a tua formosura, e alargaste as pernas a todo o que passava; e multiplicaste as tuas prostituições.

26.Também te prostituíste com os filhos do Egito, teus vizinhos de grandes membros, e multiplicaste a tua prostituição, para me provocares a ira”.

Quando o texto cita a “abóboda”, está se referindo à deusa Nut do Egito.

Seguindo nesse contexto da repreensão de Deus, o versículo 48 cita que nem Sodoma pecou como o povo de Israel. Os versículos 49 e 50 descrevem o pecado de Sodoma como sendo: soberba, fartura de pão, abundância de ociosidade, e não esforçou a mão do pobre e do necessitado.

Ainda no capítulo 18, Deus fala como o homem pode agradá-lo, praticando juízo e justiça:

6.não comendo sobre os montes, nem levantando os olhos para os ídolos da casa de Israel, nem contaminando a mulher do seu próximo, nem se chegando à mulher na sua separação (menstruação);

7.não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, cobrindo ao nu com veste;

8.não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem;

9. andando nos meus estatutos e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor Jeová”

Observe que a despeito dos religiosos mais conservadores dizerem que o pecado de Sodoma foi a homossexualidade, sendo esta “prática” o pecado-mor, não é isso que o profeta Ezequiel descreve. Aliás, não é isso que Deus diz ao profeta Ezequiel quando cita os inúmeros erros cometidos pelos hebreus. Fato é que, ao citar Sodoma, nada é dito sobre a suposta homossexualidade, o que faz prova de que o problema não era o sexo homogenital em si, mas sim o abuso sexual que os sodomitas objetivavam, violando a Lei da Hospitalidade. O sexo era apenas o meio para se alcançar a finalidade.

Note que os pecados descritos por Deus dizem respeito à idolatria e à falta de cuidado com o próximo. No capítulo 22 o Senhor segue falando das abominações (toevah), dos ídolos fabricados pelo povo, do tratamento opressor dado aos estrangeiros, ao órfão e à viúva. Relata, ainda, os rituais sexuais idólatras:

Um cometeu abominação (toevah) com a mulher do seu próximo, outro contaminou abominavelmente a sua nora, e outro humilhou no meio de ti a sua irmã, filha de seu pai”.

Em todas as passagens que o Senhor repreende o povo, Ele cita a idolatria e a Sodoma e cuidado com o próximo.

Logo, quando a Teologia Inclusive suscita o contexto dos cultos pagãos, ela está trazendo um cenário que é relatado pela História e confirmado na própria Bíblia.

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