Com 66 votos a favor e um contra, o país de Malta aprovou a lei que autoriza o casamento gay, na última quarta-feira (12), em decisão histórica do parlamento. A união civil homoafetiva já era permitida há três anos, mas a votação sobre o casamento gay foi de extrema importância.
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O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, comemorou o avanço no país europeu, considerados um dos mais católicos do mundo. “É uma votação histórica. Isso demonstra que nossa democracia e nossa sociedade atingiram um certo grau de maturidade e que podemos dizer que somos todos iguais”, afirmou.
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O que ocorreu não foi a criação de uma nova lei, mas a mudança no texto da lei já existente a respeito de casamentos. Com isso, foram alteradas as palavras “esposa”, “marido”, “mãe” e “pai” para termos mais neutros, como “cônjuge”. O Partido Nacionalista, opositor do atual governo, fez acusações de que essa mudança era uma precipitação, mas ainda assim apenas um de seus membros votou contra o projeto de lei.
Malta se tornou, assim, o 15º país da Europa a legalizar o casamento homoafetivo, e o 25º em todo o mundo. A novidade é ótima para a comunidade LGBT local, pois promove a igualdade de direitos, incluindo a possibilidade de adoção de crianças; com a união civil, isso ainda não era possível. O avanço é significativo, já que trata-se de um país católico que só aprovou o divórcio em 2011.