O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo realiza a mostra VERA CHYTILOVÁ: A GRANDE DAMA DO CINEMA TCHECO. O evento acontece de 24 de abril a 13 de maio. Serão exibidos 20 longas-metragens de ficção e não-ficção, a maioria inédita no Brasil, e seis curtas, em duas sessões especiais. Com meia entrada em todas as sessões para clientes do Banco do Brasil. A programação conta, ainda, com debates e masterclass com profissionais convidados. Além de sessões com acessibilidade (libras e audiodescrição) e gratuitas para alunos da rede pública de ensino.
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Entre os longas inéditos, destaque para ‘Armadilhas’, vencedor do prêmio Elvira Notari no Festival de Veneza de 1998. ‘O Chalé do Lobo’, que concorreu ao Urso de Ouro no Festival de Berlim de 1987. E ‘Fruto do Paraiso’, que foi exibido no Festival de Cannes em 1970.
A masterclass com a jornalista, professora e filmaker paulista, Joyce Pais, será realizada no dia 3 (sexta-feira), às 19h. Já no sábado (4), haverá debate sobre a obra da diretora, com a participação da curadora da mostra, Rosa Monteiro. Participam também Joyce Pais e a jornalista e editora do site Mulher no Cinema, Luísa Pécora. Ambas as atividades são gratuitas e para participar é necessário retirar senha na bilheteria do cinema, uma hora antes.
Sobre Vera Chytilová
Vera Chytilová foi uma revolucionária da cinematografia tcheca. O início de sua carreira foi durante o governo da União Soviética na Checoslováquia. O clima político teve forte impacto em seu trabalho. Seus filmes eram permeados por humor negro, crítica social e sátiras sobre o regime comunista. A sua arte deu início ao que se chamou posteriormente de Nouvelle Vague Tcheca.
Quando a liberdade artística foi tolhida pelo governo, Vera foi uma das poucas a resistir e continuar em seu país. O longa ‘Pequenas Margaridas’, de 1966, que poderá ser conferido na mostra VERA CHYTILOVÁ: A GRANDE DAMA DO CINEMA TCHECO. A produção foi o que a tornou conhecida internacionalmente, ao fazer críticas ao regime comunista e à misoginia.
Os filmes de Chytiloxvá não dissociam a visão subjetiva (e subjetivista) da mulher moderna de uma objetividade crítica feminista. Suas personagens são prisioneiras das palavras dos homens, da linguagem e do julgamento masculinos – nesse sentido, seria uma cineasta antipatriarcal. Com o passar dos anos, suas produções se tornaram menos experimentais, mas nunca perderam as características subversivas e os elementos de paródia do estilo de vida e cotidiano da Checoslováquia. Até o fim de sua carreira, Vera lutou intensamente em sua tentativa de produzir arte dentro de um meio complexo e asfixiante de intensa censura, no qual mesmo os diretores homens mais respeitados do país sofriam. Ela resistia a rótulos e quando questionada sobre o feminismo dizia: “Eu era ousada o suficiente para querer liberdade absoluta – mesmo se isso fosse um erro”.
SERVIÇO
MOSTRA VERA CHYTILOVÁ – A GRANDE DAMA DO CINEMA TCHECO
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Cinema
Data: de 24 de abril a 13 de maio de 2019
Ingressos: R$10,00 inteira e R$5,00 meia (clientes Banco do Brasil pagam meia em todas as sessões)
Horários e classificação indicativa disponíveis no site:
http://culturabancodobrasil.com.br/portal/sao-paulo/